OSB abre Série Clássica Brasileira, dia 10/03 no Teatro Riachuelo Rio
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OSB abre Série Clássica Brasileira, dia 10/03 no Teatro Riachuelo Rio

OSB abre Série Clássica Brasileira, dia 10/03 no Teatro Riachuelo Rio

Sob a regência de Guilherme Mannis, orquestra interpretará obras de Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Mozart

Sob a batuta do maestro Guilherme Mannis, a Orquestra Sinfônica Brasileira realizará, no próximo dia 10 de março (terça-feira), o primeiro concerto da Série Clássica Brasileira em 2020. A apresentação será no Teatro Riachuelo Rio, às 19 horas, e terá programa composto por obras de Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Mozart.

Com curadoria do compositor Antônio Ribeiro, compartilhada com a Comissão Artística da OSB, a Série Clássica Brasileira apresentará dez concertos ao longo de 2020. Em seus programas estarão obras que marcaram os 80 anos da Orquestra Sinfônica Brasileira e peças de compositores de destaque na história da música sinfônica nacional desde Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Lorenzo Fernandez e Francisco Mignone até artistas contemporâneos como Ernani Aguiar, Marco Pereira, Edino Krieger e João Guilherme Ripper. O repertório da série conta também com obras de compositores estrangeiros do período clássico. “É uma maneira de homenagearmos a OSB, os compositores brasileiros e o período em que se consolidou a formação da orquestra como a concebemos hoje” – explica o curador.

A noite do dia 10 de março terá início com Camargo Guarnieri e sua íntima ligação com as melodias populares. O Concerto para Cordas e Percussão foi composto para a Orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco, e insere, no austero universo da orquestra de cordas, ritmos característicos do nordeste brasileiro, tais como o “coco”, de Pernambuco. Na sequência, a Sinfonia nº25, de Mozart, composta pelo compositor em sua adolescência, mas já mostrando seu domínio de escrita e dramaticidade peculiar que caracterizariam suas obras posteriores. Completando o programa, a Suíte nº2 de Villa-Lobos. Composta em Nova York, no último ano de vida do autor, é uma peça que se utiliza de formas barrocas para expressar melodias das mais variadas inspirações. O mote rítmico do último movimento – Macumba (Evocação dos Espíritos) – culmina em uma grande e arrebatadora apoteose, digna das mais inspiradas peças de Villa.

O maestro convidado para o concerto, o paulistano Guilherme Mannis, regerá a Orquestra Sinfônica pela primeira vez. No entanto, quando o assunto é o repertório selecionado, Mannis é um velho conhecido, pois já regeu as três peças por muitas vezes, tendo gravado a Suíte nº2 com a Sinfônica de Sergipe – orquestra da qual é diretor artístico e regente titular – em CD especial produzido para o cinquentenário do falecimento de Villa-Lobos. “Trata-se de nosso retrato musical, das emoções de nosso povo traduzidas em sons, em ideias musicais. Parece óbvio, mas é necessário frisar que não há orquestras mais adequadas para a música brasileira do que as nacionais. Vivemos o Brasil, entendemos o Brasil diariamente, em suas belezas e mazelas. É importante que tal poesia esteja em nossas salas de concerto, por vezes tão afastadas da realidade. Precisamos valorizar nossa identidade, independentemente de estéticas ou linhas composicionais” – afirma o maestro.

Sobre a estreia à frente da OSB, Guilherme Mannis acredita que será um momento especial: “A honra é muito grande. É uma orquestra, que percorreu toda a minha infância e a criação de minha identidade sonora, e que me incentivou, com sua competência e brilho, a seguir a carreira de regente. Sem dúvida, será uma alegria enorme fazer música com a OSB.”

Responsável por revelar talentos como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Menezes e pioneira na criação de projetos de democratização da música de concerto, como o Aquarius e os Concertos da Juventude, a OSB chega aos 80 anos com fôlego para levar ao público uma temporada especial e comemorativa, com destaque para a música brasileira e os artistas nacionais, tendo sua própria história como fio condutor da programação. O Itaú é o patrocinador da Série Clássica Brasileira. Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem a NTS – Nova Transportadora do Sudeste – como mantenedora, a Vale como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

MAIS SOBRE A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Nas últimas oito décadas, a OSB revelou nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses e contou com maestros e compositores brasileiros como Heitor Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, Claudio Santoro, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. Também faz parte de sua história a colaboração de alguns dos maiores artistas do cenário internacional, como Leonard Bernstein, Arthur Rubinstein, Mstislav Rostropovich, Igor Stravinsky, Claudio Arrau, Zubin Mehta, Lorin Maazel e Kurt Masur, entre muitos outros.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

SOBRE O MAESTRO GUILHERME MANNIS:

Guilherme Mannis é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) desde 2006, onde tem dividido o palco com artistas como Maria João Pires, Michel Legrand, Nelson Freire, Jean Louis Steuerman, André Mehmari, Emmanuele Baldini, Ricardo Castro, Rosana Lamosa, Wagner Tiso, Amaral Vieira, Eduardo Monteiro, Cristian Budu, entre outros. É considerado pela comunidade nacional o maestro responsável pela inserção desta orquestra no cenário artístico brasileiro.

Como regente convidado tem dirigido importantes grupos no Brasil e exterior, tais como a Petrobras Sinfônica, Amazonas Filarmônica, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Bari, Sinfonia Toronto, World Youth Orchestra, Sinfônica de Rosário (Argentina), Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Sinfônica do Teatro São Pedro, Sinfônica da USP, Experimental de Repertório, Sinfônica Heliópolis, Sinfônica do Paraná, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica do Espírito Santo, Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Sinfônica da Bahia, Sinfônica de Ribeirão Preto, Sinfônica de Monterrey, Sinfônica de Guanajuato (México), entre outras.

Mannis desenvolveu, ao longo de 14 anos, reconhecido projeto de inserção da Sinfônica do Sergipe no cenário artístico nacional, realçando-se a realização de diversas temporadas anuais, variadas gravações de música brasileira, comissionamento de obras, turnês nacionais, participações em Festivais Internacionais e realização de óperas em concerto, dentre as quais destacam-se Aida, La Bohème e Tosca. Centenas de peças foram executadas pela primeira vez em Aracaju, dentre as quais ciclos completos de obras de Beethoven, Brahms, Schumann, Schubert, Mendelssohn, Mozart, Haydn, entre outros compositores. Galas líricas e grandes peças corais também foram produzidas de forma inédita no Teatro Tobias Barreto, tais como Messias de Händel (2014), Carmina Burana (2013, 2015, 2019), “Homenagem a Carlos Gomes” (2016), entre outras.

Sob a sua direção, a Orsse promoveu também apresentações pelo interior do Estado de Sergipe e a popularização do acesso à música de concerto. Mannis foi também responsável pela concepção do projeto social Orquestra Jovem de Sergipe, proporcionando ensino musical a centenas de jovens carentes de Aracaju.

Premiado em diversos concursos, o paulistano Guilherme Mannis é doutor em Música pelo Instituto de Artes da Unesp. Tem como principal mentor o maestro Isaac Karabtchevsky, do qual foi aluno em diversos cursos na Itália, e também teve a orientação de John Neschling, Kurt Masur (Campos do Jordão) e Jorma Panula (Instrumenta Verano, México). Foi professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e gestor artístico e regente titular de dois projetos experimentais desta instituição: Orquestra e Coro da UFS.

 PROGRAMA:

Camargo Guarnieri – Concerto para Cordas e Percussão

  1. Vigoroso
  2. Saudoso

 III.        Jocoso

Wolfgang Amadeus Mozart – Sinfonia nº 25

  1. Allegro con brio
  2. Andante

 III.        Menuetto

  1. Allegro

Heitor Villa Lobos – Suíte II, para orquestra de câmara

 

 

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica Brasileira | Série Clássica Brasileira

Guilherme Mannis, regente

Dia 10 de março de 2020 (terça-feira), às 19h

Local: Teatro Riachuelo

Endereço: Rua do Passeio, 38/40 – Centro – Rio de Janeiro

Ingressos:

Plateia VIP: R$ 80,00 (R$ 40,00 meia)

Plateia e Balcão Nobre: R$ 50,00 (R$ 25,00 meia)

(vendas na bilheteria do Teatro Riachuelo e no site Sympla)

MAIS INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA:

Érica Avelar

(21) 98119-4559 / 3596-7941

erica.avelar@gmail.com